Brasil e Argentina prorrogam acordo automotivo por mais um ano

Representantes de Brasil e Argentina assinaram no fim da tarde de quinta-feira, 25, a prorrogação do acordo automotivo por mais um ano a partir de 1º de julho. 

O pacto estabelece as regras de comércio de veículos entre os dois mercados sem incidência de imposto de importação e cuja vigência venceria na próxima terça-feira, 30 de junho.

A assinatura do acordo, realizada em Montevidéu, Uruguai, na sede da Aladi, Associação Latino-americana de Integração, isentou as regras de quaisquer alterações. Foram mantidas as cotas flex, as mesmas do acordo vigente, que para cada US$ 1 exportado, o Brasil tem direito de importar US$ 1,5. Também não mudou a exigência de que o veículo precisa ter 60% de suas peças produzidas no Mercosul para validar o benefício. De acordo com informações do jornal A Folha de S. Paulo, uma cópia do acordo segue na sexta-feira, 26, para Brasília e Buenos Aires para assinatura dos ministros de relações exteriores, da indústria e das presidentes de ambos os países.

Ainda segundo o periódico, negociadores brasileiros e argentinos decidiram estender o acordo sem modificações e voltar a debater o assunto só após as eleições presidenciais na Argentina, que ocorrem em outubro.

A reportagem diz que a Argentina defendia a flexibilização do limite de localização para vender ao Brasil veículos com maior conteúdo chinês e coreano a fim de baratear os veículos produzidos por lá, além de incrementar as exportações. O país vizinho também pleiteava que as peças argentinas tenham o mesmo tratamento que as nacionais pelo Inovar-Auto, que exige o cumprimento específicos de etapas de produção para o abatimento do imposto.